sexta-feira, 19 de março de 2010

Propaganda: uma velha e nova amiga

Infelizmente os assuntos férias e viagens já se esgotaram. As aulas na faculdade voltaram e a velha rotina também. Esse período ainda estou fazendo o sacrifício de ter que dormir cedo pra acordar cedo. Há quanto tempo eu não fazia isso! Mas me acostumei mais rápido do que eu pensava. Até porque o estímulo agora é pra assistir aulas específicas sobre publicidade, diferente dos outros períodos...Peraí! Agora to pensando aqui e acho que depois de quase um ano de Cena eu nunca falei do que eu faço né (vamos supor agora que as visitas sejam majoritariamente de desconhecidos). Bom, então vamos lá: desde pequeno eu sempre gostei de desenhar, desenhava os personagens dos video games, desenhava os personagens do Chaves, dos desenhos, das novelas. Desenhava meus amiguinhos do prédio. Daí eu reparei que eu gostava de desenhar. Conclusão difícil pra quem queria ser dentista quando tinha cinco anos. Então, entrando na adolescência eu decidi que ia fazer aquilo que todo mundo associa à quem gosta de desenhar, Desenho Industrial. "Porque você não faz desenho industrial?" era tudo que eu mais ouvia. Acho que na verdade acabei decidindo por estímulo dos outros mesmo. Até porque meu irmão já cursava e eu não me interessava muito pelo que ele fazia. Então, numa aula de artes do colégio minha professora ofuscou uma luz em mim "Você devia fazer publicidade". Foi a primeira vez que alguém falou diferente. Como não tinha pensado em publicidade? Não que tivesse diretamente relacionado a desenho, mas me daria mais liberdade pra exercer a criatividade...Pronto! Publicidade. Prestei vestibular e passei pra PUC. Comecei no segundo semestre de 2008 e só comecei a estudar a Publicidade de fato agora, no quarto período. E agora contextualizo vocês pra poder falar desse assunto que de alguma forma, todos tem uma relação emocional direta.
Quando eu era pequeno, eu não entendia direito porque as programações eram interrompidas por comerciais de produtos. Eu ficava superirritado quando interrompiam o que eu estava assistindo pra mostrar que pipoca combinava com Guaraná Antarctica e que eu devia recusar as imitações das sandálias Havaianas. Ainda mais se me obrigassem a ver os resultados parciais da Tele Sena ou do Papa Tudo por dinheiro. Eu queria mesmo era ver minha TV Colosso em paz. Mas com o tempo eu, como qualquer outra criança, percebi que não era de todo mal assim. Tinham propagandas que eram legais, fossem elas de produtos ou da própria emissora. Eu já esperava a coletânea de sucessos dos anos 80 no intervalo dos Cavaleiros do Zodíaco. E já sabia que a Xuxa ia entrar nua no meio da novela pra tomar banho de Monange. Mas o legal mesmo eram as várias imitações do cara do Bom Bril, e engraçado, eu prestava tanta atenção na imitação que fui descobrir o que eram lãs de aço bem depois. E também tinha vontade de me jogar numa piscina com os comerciais da Kolynos, não de escovar os dentes. Além disso, tinha toda a magia das propagandas do Danoninho, da Brastemp, do Biotônico Fontoura,...Ah, e quem nunca quis ser amigo do tigrão do Sucrilhos? Quem nunca tentou entortar a salsicha pra virar o S da Sadia? Quem nunca tomou Nescau achando que ia ficar pronto pros esportes radicais? Eu pelo menos já. Lembro que uma vez num comercial da Claybom umas crianças comiam pão com manteiga amarradonas, e ainda falavam que Claybom era a única com vitaminas C, D, E...Daí, uma vez abrindo a geladeira da casa da minha avó, eu vi uma manteiga dessas. Tasquei o dedo e comi pra ver o que tinha de especial naquela manteiga. A decepção foi grande.
O mais forte das propagandas é que sempre tem uma musiquinha que gruda na sua cabeça. Quem não se pegou cantando "Dois hamburgueres alface, queijo, molho especial, cebola, picles num pão com gergelim.." ou "Quero ver você não chorar, não olhar pra trás..." ou "O tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bameirindus continua numa boa" e ainda "Oooh, happy day". e "Olha o Matte, matte leão!". Também tem os jingles famosos de Natal, do Banco Nacional, da Coca Cola, da Leader e da própria Globo mesmo.
Viu, a publicidade toca mesmo no emocional. Pra quem se irritava quando interrompia o que tava vendo, eu até que lembro de bastante coisa né. Afinal, como um bom saudosista, mais um post nostálgico. E se a publicidade remete a lembranças e a criatividade, acredito que que estou no caminho certo.

E pra ilustrar, taí a vinheta de abertura da TV Manchete. Esse me leva longe...

Fiquem a vontade pra lembrar de comerciais nos comentários

4 comentários:

Marcela Capobianco disse...

vc atribui uma carga tão forte à nadia porto...

e esse comercial me reportou pra um espaço da minha memória que eu não sei se vi, se vivi ou se me contaram!

Anônimo disse...

Um Big Hooray para publicitários capazes de trazer estética, conteúdo e narrativa na hora de invadir nossa casa e vender produtos. Ainda dirijo uma peça publicitária sua! Hahahaha, abraços!

mariana disse...

a humanidade se divide em dois tipos de pessoas: as que gostam de comerciais e as que odeiam. ou melhor: as que fazem publicidade e as que não fazem.
(não adianta, não consigo aceitar o fato de o programa ser interrompido por um indivíduo querendo vender um produto).

Marcela Capobianco disse...

não entendi... só gosta de publicidade quem faz publicidade? acho que mariana precisa rever conceitos.

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