segunda-feira, 1 de março de 2010

Um olhar sobre Buenos Aires

Desde do dia 22 de fevereiro, há uma semana atrás, dia em que cheguei de Buenos Aires, estive pensando em fazer um resumo do que foi essa viagem fantástica. Mas já que o subtítulo desse blog diz "sem ensaios, no improviso" eu resolvi chegar aqui sem rascunho e começar a falar de como foi, lembrando das coisas na hora. Vamo lá?
Bom, em primeiro lugar devo dizer que foi a primeira vez que eu saí do país. Muitos irão dizer "Ah, mas não saiu do continente. Aí você vai sentir a diferença!". É, talvez sinta mesmo. Até porque um voo pra Buenos Aires tem só 3 horas, mais curto que muitas viagens pra dentro do território brasileiro mesmo. Realmente posso sentir uma diferença maior em países da Europa por exemplo, se considerar que na Argentina a quantidade de gente falando português é insuportável. Você querendo se sentir em outro país não consegue, só ouve o português. Sério, as vezes parece que os turistas são os portenhos, não os brasileiros. Bom, mas apesar disso Buenos Aires tem muita diferença com o Rio. A começar pelo preço né? As vezes dá vontade de pagar mais. O metrô, por exemplo, que só custa 1 peso e dez centavos (65 centavos de real! muito barato!!). Fiquei impressionado também com a largura das ruas. O trânsito só pega mesmo em horários de pico, saída de trabalho, escola etc. Ah, e por falar nisso, nos dias de semana muitas pessoas aproveitam as praças e parques pra fazer exercício. Muita gente faz isso, e lá pras 8 da noite quando muitos prefeririam estar sentados no sofá, recém chegados do trabalho. Agora o mais incrível de tudo é que todo mundo de lá sabe que você é brasileiro. Você pode estar andando sozinho, sem abrir a boca e nem tirar foto de alguma coisa que eles já sacam. Os vendedores logo brincam "Bracil, bracil. Tudo bem rapaiz? Maluco beleça?". Não tem como disfarçar.
Viajei com mais sete amigos. E como somos jovens e estávamos viajando, nada melhor que um albergue né? Ficamos num hostel na Calle Florida, a mais movimentada, cheia de loja e atrações momentâneas de rua. O primeiro dia foi puro encantamento. Todos muito contentes de ter chegado bem e sabendo que seu dinheiro lá vale o dobro. Com o tempo já fomos nos familiarizando com o espanhol as vezes falando até entre si. Os taxistas lá foram os nossos grandes ajudantes, e parâmetros na hora de falar que por mais que digam não, o argentino é mais fanático por futebol do que o brasileiro (eu não disse 'melhor'). A comida lá é interessante. Boa também, só que difícil de se acostumar. Os doces, sorvetes, sobremesas, tudo tem 'dulce de leche'. E os restaurantes, bares, lanchonetes sempre tem alguma bebida a base de pomelo, sejam gaseosas ou aguas saborizadas (Pra quem não sabe pomelo é toranja. Facilitei?). Aliás, lá tem um kiosco em qualquer esquina. É uma espécie de loja de conveniências onde vende-se alfajores de todos os tipos, águas saborizadas e ligações telefônicas. Nada parecido com isso aqui né?
A cidade de Buenos Aires é muito bonita. Nada comparada a um Rio de Janeiro, até porque é uma beleza diferente. A beleza portenha é mais urbana. A arquitetura lá é dez. Os prédios antigos são bem conservados, e o centro é cheio deles. Muitos funcionam como loja, ou livraria como é o casa do Ateneo. O Burger King de lá é uma maravilha. Um prédio antigo cheio de detalhes interessantes hospeda uma lanchonete. Muito inusitado. Saindo do centro tem vários lugares legais. A Recoleta é um lugar cheio de parques espaçados, jardins e prédios antigos. E lá é onde fica a famosa flor. Um lugar muito agradável. Perto dali tem Palermo, onde fica o Rosedal, o zoológico, o jardim japonês. Parece um aterro do Flamengo melhorado. Mas o melhor de Plaermo é a livraria El Ateneo. Antigamente era um teatro e agora uma livraria. Esquisito né? Só que lá dentro é belíssimo, tudo preservado ainda. Imagina o municipal cheio de estantes de livros. É quase isso. Fomos também a Puerto Madero, que é meio que um centro gastronômico de Buenos Aires. Não tem nada demais. O único bom é que bate um vento agradável. Perto dali tem o bairro de La Boca, que é onde fica o estádio do Boca Juniors e o Caminito, um lugar onde o turista é atacado. E cá entre nós, nada demais também. Um dia fomos à feira de San Telmo, onde vendia antiguidades e lembrancinhas de Buenos Aires. Parecido com Santa Teresa. E é onde está sentada a lady de Buenos Aires; Mafalda.
Por mais bonito que fossem esses bairros, o lugar que eu mais gostei foi o centro mesmo, que é onde a gente passou a maior parte da viagem. Lá fica a Casa Rosada, a Plaza de Mayo, a Av. 9 de julho. É um lugar bem aconchegante e tranquilo, diferente do centro do Rio. E lá fica também a Galeria Pacífico, um shopping ao estilo do El Ateneo. Sem falar das inúmeras lojas dos alfajores Havanna, da sorveteria Freddo e principalmente da Florida, que é onde estávamos hospedados.
Confesso que deu vontade de passar um tempo em Buenos Aires, me familiarizei com o clima de lá. O pouco tempo que passei deu pra ver que o povo lá é tranquilo, feliz. Bom, isso foi uma primeira impressão que eu tive. Assim como achei que o povo lá vai mais às ruas e é mais fanático por futebol. Posso estar errado. Mas uma coisa eu tenho certeza; a música brasileira é muito melhor do que qualquer reggaeton argentino.

foto: GettyImages

4 comentários:

Marcela Capobianco disse...

eita! que orgulho de ter feito esta viagem! adorei relembrar com o seu post. fiquei dando risadinhas contidas no estágio.. hehehe mas nao sei se concordo com tudo que vc escreveu pq às vezes, mtas vezes achavam que eu falava inglês, né?! hahahah e devo ter sido explorada por isto.
outra coisa, vc já foi melhor de conta, hein... 1 peso e 10 centavos é igual a 55 centavos de real, não? hahahaha

João Miller disse...

fico com tanta pena deles que dou mais dinheiro até hipoteticamente.

mariana disse...

toranja é mt ruim, sou mt mais mirtilo!

Anônimo disse...

mirtilo da vila? grande sambista!

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