sábado, 5 de junho de 2010

Nome, idade e ídolos

Semana passada, numa conversa com amigos da faculdade que matavam juntos uma aula de cristianismo, me surgiu uma pergunta: Quais são seus 5 maiores ídolos? Não sei porque, acho que estávamos falando de grandes diretores de cinema e acabei pensando nisso. Mas é engraçado, porque na hora a gente nunca sabe dizer de cara quem são. É sempre necessário fazer um esforço pra pensar, e as vezes nem isso basta. Eu por exemplo não consegui enumerar até agora. Me vem alguns nomes mas sempre acabo lembrando de outros e tendo que eliminar algum. Devido a essa dificuldade, durante essa semana que passou, eu fui perguntando pra diversas pessoas. Soltei a pergunta nas minhas redes sociais...E os resultados foram interessantes!
Da primeira vez que botei no nick, várias janelas pularam. Pessoas respondiam a princípio algo do tipo "Meu pai, minha mãe, minha vó, meu irmão e meu cachorro". Assim não vale né. Comecei a estipular regras, falando que não valia parentes, pra ficar mais interessante. Então, nomes as vezes até desconhecidos apareciam. Vocalistas de bandas de rock, cineastas, cientistas, cantores. Muita coisa diferente foi mencionada, como Robert Downey Júnior, Ramon Valdéz, Roberto Gomez Bolaños, Beth Ditto, Shaquille O'Neal, Hugh Hefner, Lady Gaga, Mussum...E sem dúvida os mais citados foram Ayrton Senna, Chaplin, Chico Buarque e Jesus Cristo. Na minha lista com certeza estão presentes os dois primeiros, por mais batidos que sejam é impossível esquecê-los. Mas e o resto?
Como então saber escolher só cinco grandes nomes pra você? Bem, acho que é uma mistura de relação emocional fortíssima com admiração. Pra mim o ídolo não precisa ser perfeito, ter tido uma vida altruísta e correta. Ele precisa ser exemplo em algum aspecto, não necessariamente em todos. Mesmo assim é difícil, porque tem muita gente pra pensar e a gente nunca pensa em todos. De repente se eu categorizasse a pergunta ia ficar mais fácil. Se fossem os ídolos só na música, no cinema, na TV, na literatura, no esporte. Por exemplo, na música eu já pensei em cinco: Paul McCartney, Chico Buarque, Milton Nascimento, Sidney Miller e Nat King Cole. É muito mais simples porque assim você vai ter menos receio de ocupar a vaga de um ídolo, já que, quando não há categoria, isso acontece porque a gente quer pensar nos melhores e não deixar nenhum de fora. O esforço de pensar e refletir nos melhores é muito menor assim.
Segundo o dicionário, ídolo é um objeto de adoração divina. Nada a ver com a conotação de hoje. Com o tempo, os avanços tecnológicos possibilitaram o acesso das pessoas a trabalhos de gente célebre e nos permitiu usar o termo idolatria pra esfera humana. Você não precisa mais ser objeto nem divino pra ser adorado. Basta ser célebre, marcante pra um ou importante pra outro. E porque não: morrer no auge. A morte tem esse lado, ela pode auratizar as pessoas. O caso dos Mamonas Assassinas é o melhor exemplo disso. Eles são lembrado hoje com muito carinho (porque eram mesmo fodas) mas podiam estar vivos hoje num estilo completamente trash e já não serem mais tão lembrados. Infelizmente morreram no auge, mas se eternizaram. Isso não se aplica a tudo, óbvio. Mas três dos meus ídolos estão mortos, e acho que isso pesa na decisão.
Tinha gente que ao invés de me dar cinco nomes me falava "Cara, meus ídolos são muito efêmeros. Toda hora eu mudo". Isso é muito verdade também. A gente espera viver pra ver nascer novos ídolos. Ou simplesmente pra ver nascer gente que faz diferente, alguém que marque uma história, que mude um hábito, que crie algo novo, que enxergue o que ninguém viu ainda. Por isso você não é obrigado a ter ídolos. É uma mera classificação, por capricho ou necessidade mesmo. Basta ter exemplos de vida, e não necessariamente adorá-los. Nem precisam ser só cinco. Isso é coisa da minha cabeça...

foto: GettyImages

4 comentários:

Marcela Capobianco disse...

esse assunto dá uma tese!
mas eu acho que com a concepção de hoje, os idolos são mesmo efêmeros... e temos pessoas que admiramos.
a foto ficou otima!

Tom disse...

Eu não tenho ídolos, pelo menos não nessa acepção do termo.

Há pessoas que possuem atributos os quais eu admiro profundamente. Mas todo mundo tem pés de barro, nós inclusive.

Chame-me de pessimista... :-)

Carolina Avena disse...

Acho que um ídolo, pelo menos na maioria da vezes, possui habilidades que nós admiramos e queriamos ter. Não sei dizer quem são os meus 5 ídolos, muito difícil de escolher, mas com certeza o Senna e o Chaplin estão entre eles.

Anônimo disse...

Ídolos é na Record. Ou no SBT?
Não me lembro mais.
Tá vendo como é efêmero?

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