É o primeiro texto do ano. E, como sou jornalista e amiga das efemérides,... Será que preciso explicar o que são efemérides? São aquelas datas, importantes ou não, lembradas a cada ano. Pode ser o Natal, o Ano Novo, o aniversário do naufrágio do Titanic ou o dia nacional do fotógrafo, comemorado hoje, dia 8 de janeiro, porque já passamos da meia-noite. Portanto, não consigo vislumbrar as próximas linhas sem que elas exprimam meus desejos, sensações e agruras para o ano que ainda raia. Afinal, é o começo de um novo ciclo e, mesmo que a vida pareça igualzinha àquela do dia 31 de dezembro, o senso comum me obriga a ser esperançosa e receptiva. Treze é o meu número da sorte. Obviamente porque nasci num dia 13 e também porque tenho a mania de lançar um olhar simpático para tudo que a maioria das pessoas torce o nariz de antemão. Já vivi sextas-feiras 13 maravilhosas, inclusive quando tive que soprar velinhas, e cruzar na rua com gatos pretos nunca me causou problema. Só que essa história de número da sorte não quer dizer muita coisa... Eu nem tinha me ligado nisso. Deve ser porque, na minha cabeça, 2013 é um ano-prefixo. São os 365 dias que precisam passar depressa para que o tão badalado 2014 tome conta do pedaço. Ele não ocupa manchetes de jornal como o nosso amigo 2014 - e como 2016 também, o que me faz pensar que 2015, pelo mesmo raciocínio, promete ser um ano fadado à nulidade - faz há tempos, não é ano eleitoral e, para muitos, será de pura angústia. Será que vai dar para ficar tudo pronto para o mais importante evento esportivo do mundo ou será que vamos pagar um mico interplanetário? Que trânsito dos infernos! Imagina na Copa? Essa é a sensação que 2013 me passa. Mas pode ser que ele me surpreenda. Há alguns fatos que vão acontecer sem nenhuma margem de erro e sem a necessidade da mãe Dinah para prever. Tipo: uma pessoa muito famosa vai morrer... Uma escola de samba com alegorias impactantes e coloridas e mulatas cobertas (ou não) por tinta brilhante vai vencer o Carnaval do Rio e todas as outras agremiações vão dizer que é marmelada, que os juízes são comprados... Uma música recheada de onomatopeias vai estourar nas rádios, na TV, no som ambiente dos ônibus, dos supermercados e você vai cantá-la bem alto quando estiver bêbado... Algum político vai ser condenado a anos de prisão mas vai sambar na cara da sociedade ao passear com o cachorro na rua sem coleira... O político, não o cachorro. O soninho da tarde de domingo vai ser interrompido pelos gritos do vizinho que só falta ter um infarto ao ver o time dele jogar... Pessoas vão conhecer outras pessoas, vão se apaixonar, se casar, se separar, se desiludir... Enfim, vão viver. E dá uma vontade boa de viver quando 357 dias branquinhos aparecem na nossa frente, prontinhos para serem coloridos. Pode ser prefixo, mas com o tamanho exato para caber tudo o que a gente sonhar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário