A maioria das pessoas que eu conheço e que viram a peça não tinham gostado, então já fui preparada para o pior. Aliás, acho que já fui pré-antipática com a peça, o que não é bom, ainda mais porque paguei 45 reais (graças à Deus sou estudante!) para estar lá.
Mas antes da peça começar, alguns fatores me fizeram sorrir. Primeiro, por poder estar no melhor(?) teatro do Rio de Janeiro. E poder saber um pouquinho da história dele nas paredes, e mais uma vez me perguntar porque nasci em 1990 e não lá nos anos 1940... mas enfim...
Segundo, porque vi descer para a plateia o monstro do teatro, Sergio Britto, velhinho, mas firme e forte pra aguentar as 3 horas de peça. Terceiro, foi porque não é sempre que se vê um espetáculo com um patrocínio exclusivo de um banco, tendo empresas como a TV Globo apenas como apoiadoras. É de causar invejinha branca a qualquer produtor comunzinho.
Quarto, foi que ao notar o cenário (sim, a cortina fica aberta antes do espetáculo) eu percebi umas coincidências com um certo "Alienista" de uma certa "Incrível Companhia".
Quando começou então, eu tive certeza das tais coincidências com o tal do Alienista... atores com roupas neutras (todas da Osklen), observando a cena que se passa no centro do palco.
As críticas que eu já tinha escutado não foram o que mais me chamou atenção. Mas o que eu pude perceber é que um Wagner Moura só não faz verão. E querer ajudar os amiguinhos da época do teatro em Salvador não foi uma boa opção. Francamente, ô gordinhos ruins!!!! O tio do Hamlet era o Mendonça da "Grande Família" falando difícil e a Rainha... aah a Rainha eu não vou nem comentar. Os outros eram até bonzinhos, mas o que eu achei mais gritante na peça foi a mistura de vários elementos e ramificações do teatro, que me pareceu uma salada meio esquisita. O mais evidente foi querer mudar a frase mais célebre de todo o Teatro de todos os tempos. Por quê "Ser ou não ser. É essa a questão." quando o resto do texto não foi de todo simplificado???? Por quê "Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a tua filosofia." ????
Por quê tirar o "vã"? Também queria que alguém me explicasse o propósito daquelas filmagens que os atores fazem durante a peça. Me pareceu só mais uma prova do "somos hightech".
Mas é claro que gostei de algumas coisas, como as músicas, superbem encaixadinhas e do figurino das mulheres, de causar invejinha aos grupos amadores.
Quando a peça terminou, fiquei pensando e tentando assimilar algumas coisas. Resolvi que para julgar melhor preciso ler o texto integral do Shakespeare, sentir a real essência do príncipe da Dinamarca. Estava nervosa, lembrando do dever de tirar a foto perfeita pra minha irmã. Na porta do teatro estavam Sergio Britto e mais uns atores de teatro e eu escutei de um deles: "Isso não é Hamlet."
Enquanto esperava o Wagner para a tão esperada foto, encontrei 2 professoras que me deram aula na CAL. Perguntei o que elas tinham achado da peça e ouvi boas gargalhadas. Uma delas disse: "Que peça??? Omelete?"
Aí comecei a achar mesmo que esse Hamlet virou uma boa omelete.
Atenção: Esta é a minha opinião, e eu ainda não sou jornalista para poder difundi-la e querer influenciar pessoas com o que acho. Portanto, não sigam o que eu digo, teatro é sempre bom de assistir, e opiniões diferentes são superimportantes para qualquer tipo de arte. Também queria me desculpar por algumas ingnorâncias que eu possa ter cometido no texto.
Ah! Me saí superbem como fotógrafa! E ainda deixei Wagner Moura no vácuo, que pensou que eu também quisesse uma foto com ele. Não sou tiete (pelo menos não dele)! Mas não deixei de parabenizá-lo pelo desempenho na peça. Quanta energia!
Até! E Feliz Páscoa!
Mas antes da peça começar, alguns fatores me fizeram sorrir. Primeiro, por poder estar no melhor(?) teatro do Rio de Janeiro. E poder saber um pouquinho da história dele nas paredes, e mais uma vez me perguntar porque nasci em 1990 e não lá nos anos 1940... mas enfim...
Segundo, porque vi descer para a plateia o monstro do teatro, Sergio Britto, velhinho, mas firme e forte pra aguentar as 3 horas de peça. Terceiro, foi porque não é sempre que se vê um espetáculo com um patrocínio exclusivo de um banco, tendo empresas como a TV Globo apenas como apoiadoras. É de causar invejinha branca a qualquer produtor comunzinho.
Quarto, foi que ao notar o cenário (sim, a cortina fica aberta antes do espetáculo) eu percebi umas coincidências com um certo "Alienista" de uma certa "Incrível Companhia".
Quando começou então, eu tive certeza das tais coincidências com o tal do Alienista... atores com roupas neutras (todas da Osklen), observando a cena que se passa no centro do palco.
As críticas que eu já tinha escutado não foram o que mais me chamou atenção. Mas o que eu pude perceber é que um Wagner Moura só não faz verão. E querer ajudar os amiguinhos da época do teatro em Salvador não foi uma boa opção. Francamente, ô gordinhos ruins!!!! O tio do Hamlet era o Mendonça da "Grande Família" falando difícil e a Rainha... aah a Rainha eu não vou nem comentar. Os outros eram até bonzinhos, mas o que eu achei mais gritante na peça foi a mistura de vários elementos e ramificações do teatro, que me pareceu uma salada meio esquisita. O mais evidente foi querer mudar a frase mais célebre de todo o Teatro de todos os tempos. Por quê "Ser ou não ser. É essa a questão." quando o resto do texto não foi de todo simplificado???? Por quê "Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a tua filosofia." ????
Por quê tirar o "vã"? Também queria que alguém me explicasse o propósito daquelas filmagens que os atores fazem durante a peça. Me pareceu só mais uma prova do "somos hightech".
Mas é claro que gostei de algumas coisas, como as músicas, superbem encaixadinhas e do figurino das mulheres, de causar invejinha aos grupos amadores.
Quando a peça terminou, fiquei pensando e tentando assimilar algumas coisas. Resolvi que para julgar melhor preciso ler o texto integral do Shakespeare, sentir a real essência do príncipe da Dinamarca. Estava nervosa, lembrando do dever de tirar a foto perfeita pra minha irmã. Na porta do teatro estavam Sergio Britto e mais uns atores de teatro e eu escutei de um deles: "Isso não é Hamlet."
Enquanto esperava o Wagner para a tão esperada foto, encontrei 2 professoras que me deram aula na CAL. Perguntei o que elas tinham achado da peça e ouvi boas gargalhadas. Uma delas disse: "Que peça??? Omelete?"
Aí comecei a achar mesmo que esse Hamlet virou uma boa omelete.
Atenção: Esta é a minha opinião, e eu ainda não sou jornalista para poder difundi-la e querer influenciar pessoas com o que acho. Portanto, não sigam o que eu digo, teatro é sempre bom de assistir, e opiniões diferentes são superimportantes para qualquer tipo de arte. Também queria me desculpar por algumas ingnorâncias que eu possa ter cometido no texto.
Ah! Me saí superbem como fotógrafa! E ainda deixei Wagner Moura no vácuo, que pensou que eu também quisesse uma foto com ele. Não sou tiete (pelo menos não dele)! Mas não deixei de parabenizá-lo pelo desempenho na peça. Quanta energia!
Até! E Feliz Páscoa!
2 comentários:
então não vou não. pareceu mt arte contemporânea pro meu gosto, e eu sou conservadora artisticamente. e levanto um tema pra vcs discutirem aqui futuramente: R$90 pra ver uma peça q nem é superprodução não tá meio caro-demais-tão-perdendo-a-noção não?
eu tbm sou mto conservador artisticamente. não gosto dessas adaptações moderninhas. mas de qualquer forma tenho curiosidade de ver mesmo que eu já vá esperando o pior.
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