Na minha concepção mal saí de janeiro. Estou ainda prestes a desejar feliz ano novo pra quem não encontrei ainda. No duro, os tamborins estão prestes a avisar e eu já consigo ouvir o farfalhar das baquetas.
Pra mim o carnaval mudou muito de figura. Minha avó sempre teve uma empregada muitísismo gente fina, de apelido Zelina. Num carnaval em Petrópolis, quando eu começava a tentar entender o que era, procurava na Globeleza pistas para o meu entendimento. Alheio a toda sua nudez, me vinha a música que eu cantava da seguinte forma: "Lá vou eu, lá vou eu, hoje a festa é da Zelina". O carnaval então por um bom tempo foi também o aniversário dela, ou o aniversário dela era o carnaval. Não sabia direito assimilar porque lá iria eu, porque tanta farra pelo dia dos seus anos, se na casa da minha avó ela era sempre tão mansa e na dela. Aconteceu que até hoje não sei quantos anos Zelina tem, nem quando de fato faz aniversário. Aprendi só que o carnaval não é 'na dele'.
De segunda já sabia do que esperar de fevereiro. Não buscava mais na TV, fui procurar na rua. Devia ser um ano como esse, que o carnaval começaria só em março. Só lembro de avistar vizinhos e moradores do bairro, travestidos e muitas vezes fantasiados com pouca roupa e já sem a cordialidade dos elevadores. O que me espantou foi a cantoria em coro de versos igualmente sem sentido, seguidos de uma orquestra rodeada por confetes e serpentinas. Eu até gostava de ver, mas não queria participar. Com o tempo fui decorando alguma coisa mas esperava que fevereiro voltasse ao normal. Ou seja, que chegasse março.
Hoje não espero nada de fevereiro, mas já sei bem o que é. Vinte e oito ou vinte e nove dias antes da vida normal. Engraçado que calha justamente com o fim das férias. Parece ironia, como se fossem os últimos dias pra aproveitar antes de voltar a labuta. Mais ironia é o mês com menos dias ser o mais libertino. Hoje eu entro nos blocos mais como simpatizante do carnaval do que de fato um folião. Já aprendi a aproveitar, a gostar e até a sentir falta. Só me adianto a falar isso tudo antes que março comece.
Pra mim o carnaval mudou muito de figura. Minha avó sempre teve uma empregada muitísismo gente fina, de apelido Zelina. Num carnaval em Petrópolis, quando eu começava a tentar entender o que era, procurava na Globeleza pistas para o meu entendimento. Alheio a toda sua nudez, me vinha a música que eu cantava da seguinte forma: "Lá vou eu, lá vou eu, hoje a festa é da Zelina". O carnaval então por um bom tempo foi também o aniversário dela, ou o aniversário dela era o carnaval. Não sabia direito assimilar porque lá iria eu, porque tanta farra pelo dia dos seus anos, se na casa da minha avó ela era sempre tão mansa e na dela. Aconteceu que até hoje não sei quantos anos Zelina tem, nem quando de fato faz aniversário. Aprendi só que o carnaval não é 'na dele'.
De segunda já sabia do que esperar de fevereiro. Não buscava mais na TV, fui procurar na rua. Devia ser um ano como esse, que o carnaval começaria só em março. Só lembro de avistar vizinhos e moradores do bairro, travestidos e muitas vezes fantasiados com pouca roupa e já sem a cordialidade dos elevadores. O que me espantou foi a cantoria em coro de versos igualmente sem sentido, seguidos de uma orquestra rodeada por confetes e serpentinas. Eu até gostava de ver, mas não queria participar. Com o tempo fui decorando alguma coisa mas esperava que fevereiro voltasse ao normal. Ou seja, que chegasse março.
Hoje não espero nada de fevereiro, mas já sei bem o que é. Vinte e oito ou vinte e nove dias antes da vida normal. Engraçado que calha justamente com o fim das férias. Parece ironia, como se fossem os últimos dias pra aproveitar antes de voltar a labuta. Mais ironia é o mês com menos dias ser o mais libertino. Hoje eu entro nos blocos mais como simpatizante do carnaval do que de fato um folião. Já aprendi a aproveitar, a gostar e até a sentir falta. Só me adianto a falar isso tudo antes que março comece.
2 comentários:
fevereiro pra mim sempre foi o melhor mês, o mais especial, por isso diferente de todos. e eu sempre pulei carnaval, nos finados bailes do iate clube de marataízes, do clube dos coroados de valença...
e ontem no meu primeiro dia de estágio em redação um cara pergunta: "vc gosta de carnaval?" eu: "gosto" ele: "ahá. agora vai passar a odiar". veremos...
só passei a adorar o carnaval de uns 3 anos pra cá. antes gostava, e tal, mas hoje amo. e acho bem desagradável esse intervalinho entre o carnaval e o natal.
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