terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Pró regressão

Tem 48 dias desde a última postagem. O mais longo período sem atualização que o blog já teve. O que por um lado me deixa muito frustrado já que a ideia no começo era ser inesgotável (e a desse ano era um post por semana). Quase que manha de criança para não dormir. Nesse tempo eu esperei esbarrar em alguma história mirabolante, algum entreouvido significativo para relatar e acabei quebrando a cara. Foram quatro rascunhos em vão desde janeiro. E não adianta culpar o carnaval. Acho que é qualquer coisa não pedindo mais do mesmo, alguma resistência humana nesses códigos hexadecimais, mudança de ares. Afinal esse blog já está indo para o seu quarto ano. Os gostos mudaram, as histórias são outras, os interesses também. E é por isso que nessa de reexperimentar o passado, algo que só eu e senhorinhas nostálgicas possuímos, resolvi faxinar e revalidar posts antigos com base no astral diferenciado de 2013, para angariar elos perdidos. É pra recalibrar o motor disso aqui. Vamos esbarrar nas velhas histórias.
Quem acompanha sabe que existe um banzo literário que me é particular. E isso foi decretado em um dos meus primeiros textos sobre o meus espírito nostálgico, que digamos assim, já impera com um pouco menos de frequência. É preciso olhar para os novos rumos, e isso a gente aprende quase diariamente depois dos 20. Só não se sabe por onde começar. E para quem trabalha com criação a confusão é ainda maior, vontade de fazer tudo, criar o que não é nem sua expertise. E estou cada vez mais longe da plenitude músico-criativa que uma vez eu pensei que alcançaria. Mas a vontade ainda continua, ainda mais pelas duas influências musicais (essa e essa, e por ventura outras nunca citadas aqui) ainda muito presentes pelo menos no meu iPod. De antemão já reitero, criar é mais do que pensar em ideias. Respirar arte é simples, expirar é outra história. E isso eu venho aprendendo. Diligência eu ainda não adquiri.
E quando a gente pensa que se desconectar é fácil, a melhor solução para se tornar uma pessoa melhor, botar em prática todas essas ideias que se tem na cabeça e tal, é  justamente quando parece que, cada vez mais, se desconectar é estar por fora do mundo. E eu experimentei uma semana sem Facebook. Hoje nem cogitaria. A tal ponto que quando eu acordo não espero nem abrir os olhos direito para retornar à pedra lascada da atualidade, que é também o mal desse século: meu iPhone. E porque tudo que é santificado está por um triz de ser demonizável mesmo. A moderação ainda nos falta, nos falta olhar para frente, para objetos que não emitam luz, para o amorfismo das coisas que passam batidas. E claro, otimizar o tempo.
Numa outra esfera eu transcendi a minha própria concepção de mim mesmo, mesmo que acelerado pelo ritmo urbano-tecnológico. No misticismo que paira na individualidade de cada pessoa e até no rótulo dos diferentes que se assemelham, eu aprendi a também não me desqualificar. Quero ser um e quero ser todos. Acho que foi isso que estava tentando dizer do lado nerd controverso e mesmo quando achei que voltei rockeiro do Rock In Rio. Não precisou nada mudar, acho que a graça das coisas de hoje é justamente essa. Poder ser de tudo um pouco sem precisar agir diferente. Ou as vezes agindo muito diferentemente. Sim, talvez seja coisa de publicitário.
Acho que bastou ver que algumas coisas mudam e outras se reinventam para tomar um novo fôlego. Pronto, estou preparado para contar novas histórias. Ufa! E agora que sou um ser humano mais evoluído e não assisto mais Big Brother, tenho a audácia de perpetuar esse blog. Vislumbrar mais uns bons 60 anos. Está decretada sua nova vida.

2 comentários:

T. disse...

Que bom ver o retorno do blog. Já achei que vocês tinham abandonado a labuta literária.

Um abraço,
Tom

T. disse...

Que bom ver o retorno do blog. Já achei que vocês tinham abandonado a labuta literária.

Um abraço,
Tom

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